domingo, 6 de março de 2011

O CARNAVAL E A QUARESMA

A todo instante sentimos a necessidade de curtir momentos alegres, divertidos, felizes tornando-a essencial para a nossa existência. É sobre isso que iremos retratar agora, em foco: o carnaval. Não podemos deixar de lado o período seguinte: a quaresma. Assim, traremos aqui o embate dessas duas comemorações nacionais no que reflete “a virtude e o profano, uma íntima relação e batalha”.

O carnaval é um conjunto de festividades populares que ocorrem em diversos países e regiões católicas nos dias que antecedem o início da Quaresma. Embora centrado no disfarce, na música, na dança e em gestos, a folia apresenta características distintas nas cidades em que se popularizou. O termo carnaval é de origem incerta, embora seja encontrada já no latim medieval, como carnem levare ou carnelevarium, palavra dos séculos XI e XII, que significava a véspera da quarta-feira de cinzas, isto é, a hora em que começava a abstinência da carne durante os quarenta dias nos quais, no passado, os católicos eram proibidos pela igreja de comer carne.

Não se tem dados certos da sua origem, contudo há muitas histórias de seu início em Roma: na Grécia, o rei Momo (Dionísio, ou Baco – patrono do vinho e do seu cultivo – representavam-no como uma figura humana, só que de chifres, barbas e pés de bode, com um olhar invariavelmente embriagado) era um deus bastardo para os pagãos que festejavam o sucesso das colheitas, comemorando-se com alegria em meio à muita bebida e alimentos. No Brasil, o primeiro carnaval surgiu em 1641, promovido pelo governador Salvador Correia de Sá e Benevides em homenagem ao rei Dom João VI, restaurador do trono de Portugal. Hoje, é uma das manifestações mais populares do país e festejadas em todo o território nacional.

Já a quaresma tem seu início na quarta-feira de cinzas e seu término ocorre na quinta-feira santa, marcado por quarenta dias de penitência e meditação religiosa, por meio da prática da penitência, da caridade e da oração. Segundo a bíblia, refere-se ao momento de preparação espiritual para a acolhida do Cristo vivo, ressuscitado no Domingo de Páscoa. A cor litúrgica deste tempo é o roxo, que significa penitência. Ao longo deste período, sobretudo na liturgia do domingo, é feito um esforço para recuperar o ritmo e estilo de verdadeiros fiéis que pretendem viver como filhos de Deus.

Então, conclui-se que vivenciamos dias com teorias totalmente diferenciadas. Devemos estar abertos para as questões religiosas e éticas durante o carnaval, que constitui momentos de extravagâncias tanto carnais quanto emocionais (beber exageradamente, imprudências nas relações a dois, gastos desnecessários, etc). Devemos equilibrar a diversão com o que nos faz seres moralmente educados e íntegros. Isso possibilita aproveitar o carnaval sem se prejudicar fisicamente nem moralmente diante dos demais indivíduos da sociedade que os cercam.

Um comentário:

  1. Hummm, então quer dizer que o carnaval surgiu por causa de um Deus...Interessante...Agora, sobre a questão do profano e tals está diretamente ligado com os exageros? é isso? se for, ain...tô perdida!kkkkkk

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