domingo, 4 de agosto de 2013

Atenção, queridos philos e visitantes!


O blog estará voltando à ativa ainda este mês!!!


Passaremos por algumas reformas e correções para um melhor desempenho e nova imagem para esse retorno!



Depois de um longo período, decidimos retomar às discussões e, com o auxílio de vocês, debates novos assuntos e pequenos detalhes que o campo filosófico nos ajuda a desvendar! 

ATÉ BREVE!

Att, Amanda Santos.

domingo, 6 de março de 2011

O CARNAVAL E A QUARESMA

A todo instante sentimos a necessidade de curtir momentos alegres, divertidos, felizes tornando-a essencial para a nossa existência. É sobre isso que iremos retratar agora, em foco: o carnaval. Não podemos deixar de lado o período seguinte: a quaresma. Assim, traremos aqui o embate dessas duas comemorações nacionais no que reflete “a virtude e o profano, uma íntima relação e batalha”.

O carnaval é um conjunto de festividades populares que ocorrem em diversos países e regiões católicas nos dias que antecedem o início da Quaresma. Embora centrado no disfarce, na música, na dança e em gestos, a folia apresenta características distintas nas cidades em que se popularizou. O termo carnaval é de origem incerta, embora seja encontrada já no latim medieval, como carnem levare ou carnelevarium, palavra dos séculos XI e XII, que significava a véspera da quarta-feira de cinzas, isto é, a hora em que começava a abstinência da carne durante os quarenta dias nos quais, no passado, os católicos eram proibidos pela igreja de comer carne.

Não se tem dados certos da sua origem, contudo há muitas histórias de seu início em Roma: na Grécia, o rei Momo (Dionísio, ou Baco – patrono do vinho e do seu cultivo – representavam-no como uma figura humana, só que de chifres, barbas e pés de bode, com um olhar invariavelmente embriagado) era um deus bastardo para os pagãos que festejavam o sucesso das colheitas, comemorando-se com alegria em meio à muita bebida e alimentos. No Brasil, o primeiro carnaval surgiu em 1641, promovido pelo governador Salvador Correia de Sá e Benevides em homenagem ao rei Dom João VI, restaurador do trono de Portugal. Hoje, é uma das manifestações mais populares do país e festejadas em todo o território nacional.

Já a quaresma tem seu início na quarta-feira de cinzas e seu término ocorre na quinta-feira santa, marcado por quarenta dias de penitência e meditação religiosa, por meio da prática da penitência, da caridade e da oração. Segundo a bíblia, refere-se ao momento de preparação espiritual para a acolhida do Cristo vivo, ressuscitado no Domingo de Páscoa. A cor litúrgica deste tempo é o roxo, que significa penitência. Ao longo deste período, sobretudo na liturgia do domingo, é feito um esforço para recuperar o ritmo e estilo de verdadeiros fiéis que pretendem viver como filhos de Deus.

Então, conclui-se que vivenciamos dias com teorias totalmente diferenciadas. Devemos estar abertos para as questões religiosas e éticas durante o carnaval, que constitui momentos de extravagâncias tanto carnais quanto emocionais (beber exageradamente, imprudências nas relações a dois, gastos desnecessários, etc). Devemos equilibrar a diversão com o que nos faz seres moralmente educados e íntegros. Isso possibilita aproveitar o carnaval sem se prejudicar fisicamente nem moralmente diante dos demais indivíduos da sociedade que os cercam.

Modernidade e Virtudes

A mudança de valores

Nos dias atuais, convivemos com uma multiplicidade de valores, alguns deles contraditórios. De um lado, observa-se o fortalecimento de virtudes coletivas, como a justa indignação diante das desigualdades sociais, o desenvolvimento da solidariedade, a luta por justiça e paz, a busca pelo equilíbrio ambiental e pela preservação da natureza. De outro, vemos que o individualismo e o hedonismo se manifestam cada vez mais na vida social pelo culto ao corpo, pelo consumismo e pela busca do prazer imediato em detrimento da disciplina e do sacrifício.

Hoje, a formação de pessoas não é mais tarefa atribuída principalmente à família. A escola e a Igreja, que já desempenharam esse papel anteriormente, também parecem estar perdendo sua importância como espaços de construção de valores. Novas formas de convivência social funcionam como locais de troca de informações e de modelos de comportamento, como o ambientes, prevalecem éticas de grupo que geralmente se sobrepõem à ética individual, refletindo-se nas opções por atitudes certas ou erradas, que variam conforme o contexto.

Comportamentos pautados por ambição e carreirismo profissional parecem ser adequados à fase atual do sistema capitalista existente não só no Brasil, mas também na maior parte das sociedades contemporâneas. A modernização da sociedade brasileira trouxe, portanto, como subproduto das mudanças ocorridas, a diversificação dos valores éticos, morais e comportamentais, caracterizando-se pela nova conceituação do que é virtude e do que é vício.

As 7 virtudes e os 7 pecados capitais

Você já procurou saber quais são? Já se identificou com alguma virtude ou pecado? Você já apontou para alguém e a relacionou com algum pecado, mesmo de brincadeira? Bom, é impossível ficar sabendo sobre esse assunto e não desencadear aparências e distâncias de nós mesmos ou dos outros para cada um desses pontos. Abaixo se apresenta a tabela com cada uma das virtudes determinadas pela Igreja e seus respectivos pecados capitais, por assim dizer:


VIRTUDES
PECADOS
Generosidade
Avareza
Diligência
Preguiça
Temperança
Gula
Humildade
Orgulho
Caridade
Inveja
Castidade
Luxúria
Mansidão/Paciência
Ira


A Igreja Católica, em especial, implica no modo de como devemos agir seguindo o princípio de ordem (organização social), agradecimento (seguindo os ensinamentos religiosos para uma vida melhor com o próximo e consigo mesmo) e principalmente a fé (amor a Deus). Adotando os estudos bíblicos, as virtudes (atos virtuosos) agem de maneira eficaz no que tange a praticidade do bem evitando assim o mal; nós as recebemos na hora do batismo, e caso venhamos a cometer pecados a confissão serve como perdão divino e recupera a pureza humana juntamente com as virtudes repreendidas.


Com isso, é possível compreender que a Igreja pratica não somente sermões religiosos de adoração a Deus, mas também como determinadora de comportamento ético e moral. Seus preceitos seguem desde o instante do batismo (receber as graças do Senhor, e partem aos conhecimentos da família), catecismo, leituras bíblicas e conferências religiosas. Acreditamos que, cabe a cada um buscar entender melhor e, pelo menos, adquirir suas virtudes melhorando as demais evitando entregar-se aos vícios (pecados).

sábado, 5 de março de 2011

VIRTUDES

Para início de conversa, em um sentido ético, virtude nos remete à qualidades positivas do indivíduo no que tange seus atos e pensamentos para si e para os demais. Virtude designa formas impares de disposição para o bem; a quem diga que as virtudes não podem ser ensinadas, enquanto outros – como é o caso de Aristóteles – apontam a possibilidade de adquiri-las com a força do hábito.

Na Antiguidade e durante o período medieval, um quadro de valores definia as virtudes e também os seu avesso, os vícios. É neste último período que a relação do homem com Deus passa a ter força e poder sobre os mesmos quanto ao certo e errado. Para Tomás de Aquino, o grande teórico da cristandade, as virtudes teologais (fé, esperança e caridade) se distinguem das outras virtudes por terem caráter sobrenatural, não derivam forças da natureza, mas da divindade. As virtudes cardeais (justiça, temperança, prudência e coragem), por sua vez, derivam da natureza e pertencem a todos.

Os vícios, em seu excesso, foram catalogados e divididos por Aristóteles durante seus estudos em “Ética e Nicômano – livros III e IV”, além das virtudes:


VIRTUDES
VÍCIO POR EXCESSO
VÍCIO POR FALTA
Coragem
Temeridade
Covardia
Temperança
Libertinagem
Insensibilidade
Liberalidade
Esbanjamento
Avareza
Magnificência
Vulgaridade
Mesquinhez
Magnanimidade
Pretensão
Humildade indébita
Prudência
Ambição
Moleza
Gentileza
Irascibilidade
Indiferença
Veracidade
Orgulho
Descrédito próprio
Agudeza de espírito
Zombaria
Rusticidade
Amizade
Condescendência
Enfado
Justa indignação
Inveja
Malevolência


terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

LEITURA COMPLEMENTAR II

Tempo de Porcaria

“... está sendo disseminada no Brasil a cultura do lixo, também conhecida como cultura trash. Nela, o quente é curtir filmes vagabundos, ouvir música cretina, ingerir comida ruim (...), mas por diversão. Na lixo cultura, é de bom-tom falar mal da ecologia, dos que malham o corpo e dos politicamente corretos. A cultura lixosa já conta com adeptos capazes de fazer com que seus ídolos ganhem dinheiro com isso. Dois dos músicos pop brasileiros mais bem-sucedidos do momento compõem música ruim de propósito. Um é o grupo Mamonas Assassinas, cujo principal sucesso conta a história de um português que participa de uma sessão de sexo grupal com a mulher. Com um mês de lançamento, o disco chegou a 120.000 cópias, mais do que Chico Buarque, Gal Costa ou Milton Nascimento costumam vender com seus discos. Outro cantor, Falcão, responsável por uma versão de ‘Eu não sou cachorro não’, de Waldick Soriano, para o inglês, com o título I’m not a dog no, também ganhou disco de ouro - mais de 100.000 cópias vendidas. (...) A cultura do lixo não está aí para enriquecer espíritos, enaltecer o belo ou denunciar mazelas sociais. Ela faz o elogio da bobagem, da burrice e da cretinice. E tem como objetivo tornar mais explícitos a boçalidade, a idiotice e o grotesco que estão em volta.”

(Tempo de porcaria. Veja. São Paulo. v. 38. p. 102-104, 20 set. 1995)


A partir da análise da cultura do lixo, ou cultura trash, cite-nos alguns exemplos de músicas e/ou qualquer outro meio midiático que demonstre o interesse do(s) artista(s) para com a diversão, sem preocupação com a situação real da sociedade. Esperamos ansiosamente a sua colaboração para enriquecer o nosso conhecimento, e, também dos demais internautas.

O estudo de Sócrates sobre a ética: uma breve observação

Diante do assunto abordado, temos a nítida compreensão de que ética, enquanto caráter, significa a convicção pessoal de cada um no que diz respeito à virtude e aos vícios que o homem é capaz de praticar. Nesse sentido, no livro O que é ética - de Álvaro Valls - traz a seguinte concepção de Sócrates:

“Sócrates (...) a sua ética (...) não se baseava simplesmente nos costumes do povo e dos ancestrais, assim como as leis exteriores, mas, sim, na convicção pessoal, adquirida através de um processo de consulta ao seu ‘demônio interior’ (como ele dizia), na tentativa de compreender a justiça das leis”.

Sócrates incomodava os atenienses ao indagar sobre a origem e a essência das virtudes que acreditavam praticar ao seguirem os costumes. Questionava como e por que os gregos sabiam que uma conduta era boa ou má, virtuosa ou repleta de vícios; dizia que a alma é a consciência e a personalidade intelectual e moral. Portanto, os verdadeiros valores são aqueles ligados aos da ala, que são o conhecimento ou a ciência.

Sendo assim, só pode ser considerado um sujeito ético aquele que tem discernimento; sabe definir o que as coisas são e descobre a sua essência; conhece as causas e os fins das suas atitudes. Por isso, podemos dizer que Sócrates é o fundador da ética ou filosofia moral, pois deixa claro em que sentido devem caminhar os valores e as obrigações morais.